terça-feira, 25 de novembro de 2014

Curso A PERSONALIDADE HUMANA: COMO SE FORMA, COMO SE DEFORMA E COMO SE TRANSFORMA



A PERSONALIDADE

CAMPO GRANDE - PRIMEIRA IGREJA BATISTA - R. Ferreira Borges 54
6ªs feiras dias 28/11 e 05/12/2014 das 19h às 21h40. Tel.s 2413-3999 ou 2413-4516

SULACAP - IG. BATISTA BETÂNIA - R. Núncio Calepp 369 (Estr. Manoel Nogueira de Sá 538)
 2ªs feiras dias 01/12 e 08/12/2014 das 19h às 21h45  - Tel. 2301-3108                              
                                                                        
D.CAXIAS - PRIMEIRA IGREJA BATISTA - Av. Nilo Peçanha 333 - Tel. 3659-8269
Dias 12/12 (6ª feira) e 17/12/2014 (4ª feira)  das 15h às 17h45 (à TARDE)

BANGÚ - PIB VILA ALIANÇA - Estr. do Taqural  740 - Tel. 3331-5002
Dias 16/12 (3ªfeira) e 17/12/2014 (4ªfeira) das 19h às 21h45

TREINAMENTO EM CAPELANIA:


COSME VELHO -  PRIMEIRA IGREJA BATISTA.  R. Conselheiro Lampreia 484 -
3ªs feiras dias 02 e 09/12/2014 das 19h às 21h45. Tel. 2245-3562

VICENTE DE CARVALHO - ASSEMB. DE DEUS MINIST. PALAVRA
Av. Vicente de Carvalho 661 (Em frente às estações BRT  e METRÔ - Próx. ao Carioca Shopping)  -  Sábado dia 06/12/2014 - Das 14 às 19h. Tel. 3013-7808

ITAGUAÍ - PIB VILA MARGARIDA - R. Manoel de Souza Pinto, 58 (Morro do Corte)
5ªas feiras dias 04 e 11/12/2014  das 19h às 21h45 - Tel. 2688-1151

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

CURSO SAÚDE EMOCIONAL E VIDA CRISTÃ - 2º semestre de 2014 (ATUALIZAÇÃO)

VICENTE DE CARVALHO - ASS. DEUS MINIST. PALAVRA - Av. Vicente de Carvalho 661 - Em frente Estação BRT e METRÔ (Próx. Shopping Carioca) Tel. 3013-7808
4ª feiras de 10/09 a 10/12/14 das 19h às 21h30

SULACAP - IG. BAT. BETÂNIA - - R. Núncio Calepp 369 (Estr. Manoel Nogueira de Sá 538) Tel. 2301-3108 -   2ª feiras de 11/08 a 01/12/14 das 19 às 21h30

 ENGENH. PEDREIRA (JAPERI) - ASSEMB. DE DEUS INTERNACIONAL MINIST. RESTITUINDO ALIANÇAS - R. Changai 24 - tel. 99954-8883
3ª Feiras de 09/09 até 19/12/14 das 19h às 21h30

CAMPO GRANDE- PRIMEIRA IGREJA BATISTA - R. Ferreira Borges 54
6ª Feiras- De 01/08 a 21/11/14, das 19 às 21h30 - 2413-3999 e 2413-4516

BANGÚ- PIB VILA ALIANÇA - Estr. Taquaral 740 - Tel. 3331-5002 - 4ªs feiras das 19h às 21h30 - de 06/08 a 26/11/14

CAXIAS - PIB D. CAXIAS- Av. Nilo Peçanha 333- Tel. 3659-8269
4ª feiras - de 10/09 a 10/12/14 das 15h às 17h30

COSME VELHO - PRIMEIRA IGREJA BATISTA R. Conselheiro Lampreia 484 -
3ª feiras de 05/08 a 25/11/14 das 19h às 21h30 - Tel. 2245-3562

ITAGUAÍ- PIB VILA MARGARIDA - R. Manoel de Souza Pinto 58 (Morro do Corte)- - Tel. 2688-1151 - 5ª feira de 07/08 a 27/11/14 das 19h às 21h30

BONSUCESSO- PROJETO VIDA NOVA  - Av. Roma 422 - Por trás do Hospital Bonsucesso.   Tel. 96408-2311
6ª feiras - . De 05/09 a 12/12/14 - das 19 às 21h30

VARGEM GRANDE- PRIMEIRA IGREJA BATISTA - Estr. dos Bandeirantes 22961 - Tel. 2428-2158 2ª feiras De 04/08 a 24/11/14 das 19 às 21h30 (Em frente ao Water Planet)

PADRE MIGUEL - ICER/PIB MOÇA BONITA - R. Tirana 28 - Tel. 3335-0639
5ª feiras De 14/08 a 27/11/14 das 19 às 21h30

RECREIO/TERREIRÃO - IGREJA BATISTA SAL E LUZ - R. Profª. Édina Cortes Silveira 184 (Antiga GW). Transv. à Guiomar de Movaes -
DOMINGO - De 17/08/ a 30/11/14 das 9h30 às 12h. Tel. 99877-1342

PAULO CESAR  PEREIRA - PASTOR E PSICÓLOGO
Twitter: @paulopastorpsi
Tels. 98189-9513 tim; 98860-1194 oi e 99821-5211 vivo

sábado, 22 de março de 2014

CURSO SAÚDE EMOCIONAL E VIDA CRISTÃ - 1º SEM. 2014 Datas Alteradas


Veja os endereços e datas do CURSO SAÚDE EMOCIONAL E VIDA CRISTÃ 1º semestre de 2014

BARRA DA TIJUCA - IG. BATISTA MONTE HOREBE - Av. Gilberto Amado 559 Tel. 2493-1432
6ª feiras, de 14/03 a 04/07/14, das 19 às 21h30

SULACAP - IG. BAT. BETÂNIA - - R. Núncio Calepp 369 (Estr. Manoel Nogueira de Sá 538) Tel. 2301-3108 -
2ª feiras de 24/03 a 30/06/14 das 19 às 21h30

MAL.HERMES - IG. BAT. CAMPO DOS AFONSOS - R. Frei Sampaio 605 - Tel. 3390-4846
SÁBADOS - De 15/03 a 21/06/14, das 9 às 11h30

REALENGO - PIB REALENGO - Estr. São Pedro de Alcântara 4570 - Tel. 3331-1238 - 3ªs feiras das 15h às 17h30 - de 01/04 a 24/06/14

CAXIAS - PIB D. CAXIAS- Av. Nilo Peçanha 333- Tel. 3659-8269
3ª feiras - de 08/04 a 17/06/14 das 15h às 17h30

CAXIAS - IGREJA CRISTO É VIDA - Av. Tabelião Sylmar Silva 182 - Centro (Atrás Prezunic e Shopping Center n- Tel. 99621-7129 -
3ª feiras de 25/03 a 17/06/14 das 19h às 21h30

STA CRUZ - PIB JDIM PALMARES - Av. A Q 33 - Lt. 35 Jd. Palmares - Tel. 3404-9484
5ª feira de 13/03 a 03/07/14 das 19h às 21h30

VILA DA PENHA- PROJETO VIDA NOVA DE IRAJÁ - Estr. Padre Roser 146 Tel. 2482-4214
6ª feiras - . De 21/03 a 27/06/14 - das 19 às 21h30

JACAREPAGUÁ (TAQUARA) - COMUNIDADE CRISTÃ NOVO DIA - Estr. do Cafundá 2 - Tel. 2423-2324
2ª feiras De 17/03 a 23/06/14 das 19 às 21h30

PADRE MIGUEL - ICER/PIB MOÇA BONITA - R. Tirana 28 - Tel. 3335-0639
3ª feiras De 18/03 a 24/06 das 19 às 21h30

JACAREPAGUÁ - (CURICICA) - IG. METODISTA WESLEYANA - Rua Guamoré 23 Tel. No verso
4ª feiras de 19/03 a 18/06/14 das 19 às 21h30

SEROPÉDICA - IG. METODISTA ORTODOXA DE PÇA CASTILHO - Tels. 3787-8237 ou 99779-6657
R. Eneditao Tavares 19 - Km 42 - Seropédica

Tels 98860-1194 oi; 98189-9513 tim;
Vr. R$ 60,00 mensalidade
Facebook: paulocesar.pereira.1963@facebook.com
Twitter: @paulopastorpsi

sábado, 25 de janeiro de 2014

PARA ENTENDER MELHOR A DEPRESSÃO ( IPAN)

Fernanda Teixeira Ribeiro

 

Vivemos por mais tempo e com melhor saúde do que há meio século, mas nem por isso somos mais felizes. Apesar das inúmeras opções de diversão, maior poder de compra e, aparentemente, de escolha, estamos cada vez mais insatisfeitos: a depressão será o problema de saúde pública mais comum do mundo em menos de 20 anos; 350 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com o transtorno no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, a depressão é vista como resultado da combinação de fatores endógenos (como hereditariedade) e fatores de risco ambientais, como valores culturais e experiências emocionais. Os sintomas se configuram de maneira diferente em cada paciente, de forma que não há tratamento definitivo. “Seria muito simples pensar a depressão apenas como resultado da maior ou menor oferta de neurotransmissores. É mais correto relacioná-la à interação desses agentes químicos – serotonina, dopamina, glutamato, e tantos outros. São vários caminhos neurais diferentes que, juntos, determinam cognição, interesse, vontade”, explica o psiquiatra Ricardo Moreno, diretor do Grupo de Estudo de Doenças Afetivas (Gruda) do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), em palestra no seminário “Depressão”, promovido em setembro por Mente e Cérebro na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, com patrocínio da Apsen Farmacêutica.



A depressão se distingue da tristeza pela duração de seus sinais e pelo contexto em que ocorre. Por exemplo, é natural sentir-se triste e sem perspectivas após a morte de um ente querido, perda do emprego ou término de um relacionamento. Períodos de luto, de elaboração de experiências desagradáveis, acontecem na vida de qualquer pessoa e, normalmente, são superados – apesar de, atualmente, termos cada vez menos tempo e espaço para vivenciar a tristeza. Na depressão, porém, essa à sensação é duradoura. “Humor depressivo por mais de duas semanas, incapacidade de sentir qualquer prazer, tendência a sobrevalorizar eventos negativos são alguns dos sinais emocionais. Também há sintomas físicos, como problemas de sono, falta de apetite e dores difusas”, diz Moreno.



NEUROCIÊNCIA DO SOFRIMENTO

 

Dor e depressão têm uma via neuroquímica comum. Em média, pessoas com sintomas depressivos procuram atendimento médico sete vezes mais que quem não tem o distúrbio, segundo a OMS. Menos da metade delas é diagnosticada corretamente e recebe tratamento adequado. “Queixas de dor crônica não raro estão no centro de um ‘círculo vicioso’de depressão, ansiedade, estresse e insônia”, explica o psiquiatra Kalil Duailibi, coordenador de psiquiatria da Universidade de Santo Amaro (Unisa). A literatura médica sugere que noradrenalina, neurotransmissor envolvido na regulação do humor, do ciclo de sono e na resposta de estresse, desencadeia eventos em cascata, que se manifestam em ansiedade, no início e, depois, em depressão. Mais de 60% dos episódios depressivos são precedidos por quadros de ansiedade, e a insônia crônica aumenta quatro vezes o risco de depressão. Já o estresse crônico leva à diminuição do fator de proteção neuronal, afetando a ramificação dendrítica dos neurônios. Consequentemente há morte de células e redução do volume – atrofiamento – de regiões cerebrais.



Estudos com a tecnologia de neuroimageamento apontam que, na depressão, há redução de atividade em áreas corticais, como córtex cingular anterior, área associada a funções como modulação de respostas emocionais, motivação e atenção. Em contrapartida, há maior metabolismo de áreas mais “primitivas” do cérebro, como a ínsula, -relacionada à sensação de repulsa, e do sistema límbico como um todo, com amplo papel no processamento de emoções negativas. De fato, um dos principais traços da depressão é uma maneira “acinzentada” de interpretar o mundo, que prioriza as perspectivas negativas. Duailibi cita o fenômeno Kindling na depressão: um evento estressor significativo desencadeia o primeiro episódio. Progressivamente, os quadros passam a ser desencadeados por eventos menos intensos ou mesmo sem motivo; é uma espécie de suscetibilidade crônica, que envolve alterações cerebrais, muitas ainda não elucidadas, e estímulos ambientais.



O tratamento mais comum, e de mais fácil acesso, ainda é o farmacológico. Os medicamentos costumam trazer alívio para pacientes com sintomas moderados ou graves, que geralmente apresentam prejuízos no trabalho e na vida pessoal. Em depressões leves, a eficiência dos antidepressivos é menos nítida: eles têm desempenho equivalente ao placebo (substância neutra, mas que pode desencadear efeitos psicológicos). “A remissão, a ausência total de sintomas, é importante para combater essa vulnerabilidade. Se os medicamentos ajudam a superar um episódio depressivo, a psicoterapia ajuda a evitar outros”, diz Duailibi.



O tratamento mais comum, e de mais fácil acesso, ainda é o farmacológico. Os medicamentos costumam trazer alívio para pacientes com sintomas moderados ou graves, que geralmente apresentam prejuízos no trabalho e na vida pessoal. Em depressões leves, a eficiência dos antidepressivos é menos nítida: eles têm desempenho equivalente ao placebo (substância neutra, mas que pode desencadear efeitos psicológicos). “A remissão, a ausência total de sintomas, é importante para combater essa vulnerabilidade. Se os medicamentos ajudam a superar um episódio depressivo, a psicoterapia ajuda a evitar outros”, diz Duailibi.



Terapias complementares e hábitos saudáveis que combatem o estresse ajudam a prevenir a volta dos sintomas: acupuntura, massagem, atividade física, alimentação rica em nutrientes e pobre em gordura animal.



Recentemente, o Conselho Federal de Medicina aprovou a técnica de estimulação magnética transcraniana (EMT) superficial. O tratamento consiste em aplicar ondas eletromagnéticas sobre o cérebro, com o objetivo de modular o funcionamento de regiões (determinadas por exames de neuroimageamento) que operam de forma alterada em pessoas com transtornos neuropsiquiátricos. As ondas eletromagnéticas aumentam o fluxo sanguíneo na área e, consequentemente, sua atividade cerebral.



“A área do cérebro a ser trabalhada é marcada numa touca e o médico direciona os estímulos para o local correto. A EMT pode ajudar pacientes que não respondem ao tratamento medicamentoso, acelerar a resposta a ele ou mesmo ser uma alternativa”, explica Marco Marcolin, coordenador do Serviço de Estimulação Magnética Transcraniana do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). O tratamento é indolor, pois é não invasivo, não há corte nem anestesia. Um estudo observacional publicado em junho de 2012 na Depression and Anxiety, que acompanhou 307 pacientes com depressão grave que não estavam sendo tratados com antidepressivos, aponta que a EMT é eficaz para pacientes que não respondem aos medicamentos: em média, 58% apresentaram redução dos sintomas, e 37% remissão (ausência de sintomas).



EXERCÍCIO DE AUTOCOMPAIXÃO

 

Cada vez mais estudos comprovam o impacto positivo da meditação sobre o humor. Uma pesquisa brasileira, publicada na Neuroimage, mostra que a técnica melhora o desempenho cerebral, especialmente em tarefas que exigem concentração. “O cérebro de pessoas que meditam recruta menos áreas cerebrais para realizar uma determinada tarefa, como se fizesse uma maior ‘economia’, o que se traduz em mais foco e concentração; um desafio no mundo cheio de estímulos em que vivemos”, diz a psicobióloga Elisa Kozasa, do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, autora do trabalho.



O cérebro de pessoas com depressão está “habituado” a processos cognitivos que desencadeiam o problema, como pensamentos depreciativos sobre si mesmas. A meditação ajuda o paciente a se conscientizar de emoções, fantasias, lembranças e situações que passam por sua mente consciente. Atualmente, cientistas estão comprovando os benefícios da terapia cognitivo-comportamental (TCC) baseada na atenção plena (MBCT, mindfulness-based cognitive therapy), isto é, o uso de técnicas de meditação para potencializar os efeitos da terapia comportamental. “É um programa de oito semanas que ajuda o paciente a perceber os velhos hábitos de pensar que atiram sua mente em uma espiral descendente de pensamentos negativos. Ele aprende a ser mais gentil consigo mesmo a atentar para os aspectos positivos de seu cotidiano, exercitando o julgamento baseado na autocompaixão”, explica Elisa, citando o dalai-lama Tenzin Gyatso: “A mente é como paraquedas: funciona melhor aberta”.

 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Curso A  PERSONALIDADE HUMANA: Como se FORMA, Como se DEFORMA e Como se TRANSFORMA. Uma Visão Bíblica e Psicológica.
Veja endereços Abaixo


PADRE MIGUEL - ICER/1ª IG. BAT. MOÇA BONITA - Rua Tirana 28 Tel. 3335-0639
Sábado dia 23/11 das 9h às 16h30.

JACAREPAGUÁ - COMUNIDADE CRISTÃ NOVO DIA - Estrada do Cafundá 2 - TAQUARA
 Tel. 2423-2324 - Sábado dia 30/11/13 das 14h às 19h

VARGEM PEQUENA - 1ª IG. BAT.  DE VARGEM PEQUENA - Estr. dos Bandeirantes 19056
Dias 03 e 10/12/13 Terças-feiras das 19h às 21h45  Tels. (celulares no verso)

GUADALUPE - 1ª IG. BAT. DA FUNDAÇÃO - R. Marcos de Macedo 304 - Tel. 3107-0645
Dias 05 e 19/12/13 das 19h às 21h45.

SULACAP - IG. BAT. BETÂNIA - R. Núncio Calepp 369 (Estr. Manoel Nogueira de Sá 538
Tel. 2301-3108 Sábados dias 07 e 14/12/13 das 9h às 11h45

CAXIAS - 1ª IG. BAT. CAXIAS - Av. Nilo Peçanha 333 Tel. 3659-8269
Dias 11/12 (4ªf) e 13/12/13 (6ªf) das 15h às 17h45.

VILA DA PENHA - PROJETO VIDA NOVA DE IRAJÁ - Estr. Padre Roser 146 -
tel. 2482-4215 - Dias 13/12 (6ªf) e 16/12/13 (2ªf) das 19h às 21h45

VICENTE DE CARVALHO - ASS. DE DEUS MINIST. PALAVRA - Av. Vicente de Carvalho 661- Tel. 3013-7808 -  Dias 11/12 e 18/12/13 das 19h às 21h45.

CPO GRANDE - IG. BAT. NOVA FILADELFIA - Estr. do Moinho 137 - Tel. 3407-3690
Dias 12/12 (5ªf) e 17/12 (3ªf). das 19h às 21h45.

N. IGUAÇÚ - IG. BAT. MEMORIAL - R. Arcelino Pereira Neves 80 - Tel. 2660-3486
Dias 16/12 e 1812/13 das 15h às 17h45.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Análise de Um Caso de Homossexualidade Feminina por Freud.

Considerações acerca da perversão no texto "Psicogênese de um caso de homossexualidade feminina", de Sigmund Freud (1920)

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A perversão é um tema que nos toma no sentido da dúvida entre o que pode ser doença, desvio da conduta dita normal, e o que pode ser parte da formação constituinte da sexualidade humana. Freud inicia sua teoria a respeito da perversão nos ensaios sobre a teoria da sexualidade, de 1905. Nesse texto, ele aborda a perversão como decorrente de uma demora em uma fase do processo de subjetivação. Ou seja, a permanência durante a vida adulta de estados da pulsão parciais – de característica perversa -, típicos da sexualidade infantil, a qual ele denomina pré-genital. Assim, toda prática sexual que não tenha como objetivo claro a satisfação genital comum na vida adulta, teria relação com uma prática perversa fixada na sexualidade infantil.
Em 1920, Freud escreveu “A psicogênese de um caso de homossexualidade feminina”, no qual ele traça algumas questões a respeito do reconhecimento da diferença sexual e da escolha objetal posterior. Pretendo fazer uma ponte entre ele e os textos que tratam de uma defesa característica perversa. Começo, então contando um pouco do caso analisado por Freud. A jovem com tendências homossexuais tinha um pai bastante sério e um pouco afastado dos filhos pela sua conduta rígida. Esse pai era profundamente influenciado pela esposa, mãe da jovem, a qual aparece como uma mulher bonita e atraente. Quando o pai soube das tendências homossexuais da filha, se enfureceu e passou a ameaçar a filha, considerando-a perturbada. A mãe, no entanto, era confidente dos sentimentos da filha, apesar de condenar a reputação que a filha poderia adquirir. Essa mãe tratava a filha com bastante aspereza e, por outro lado, tinha um notável cuidado com os filhos homens. Durante a análise, a qual a jovem se submeteu por insistência dos pais, Freud chegou a conclusão de que o interesse homossexual da jovem por uma dama “coquete” não a tinha levado a uma relação sexual com esta, apenas tendo beijos e abraços como satisfação.
Para Freud, a jovem passou, na infância pela atitude normal do Complexo de Édipo, inclusive tendo substituído o pai por um irmão mais velho, posteriormente. Quando houve a comparação entre os órgãos genitais do irmão e os seus, que fez pelo início do período de latência (aos cinco anos de idade ou, talvez, um pouco antes), a jovem sentiu uma forte impressão, que a marca até hoje. Durante a pré-puberdade, a jovem familiarizou-se com as questões do sexo e as sentia como aversivas. O que para Freud aparece como significativo é que, aos treze anos de idade, a jovem se afeiçoou muito por um menino de três anos, o qual ela visitava com freqüência. Nesse tempo, é possível que a jovem tivesse possuída por um desejo forte de ser mãe, para assim se “igualar” à posição fálica em que via a mãe e o irmão mais velho (no tempo que viu seu órgão sexual). Entretanto, depois de um tempo, ela se desligou totalmente do menino e passou a se interessar por jovens mulheres. A causalidade disto estaria, para Freud, em uma gravidez da mãe, quando a paciente estava com dezesseis anos. Posteriormente, Freud chega a conclusão de que as mulheres alvo do interesse da jovem paciente eram substitutas de sua mãe.
Freud também traz que a mãe da jovem a via como uma competidora iminente. Ela favorecia os filhos homens e a mantinha, a quanto possível, afastada do contato com o pai. E no momento em que a jovem passa pela reelaboração do Complexo de Édipo, o seu desejo de ser mãe de um bebê de seu pai é frustrado, uma vez que não é ela quem engravida. A sua inconsciente rival, a mãe, é quem engravida. O que se passa então, é que a amargura e o ressentimento com o pai e conseqüentemente com os homens tomam conta de sua feminilidade e a jovem acaba por ceder aos caprichos da mãe. Sai do jogo de força e cede seu pai e todos os outros homens ao desfrute da mãe, direcionando sua libido a outro objeto de amor. Além disso, com esta atitude, talvez a jovem recuperasse o amor materno, visto que a questão da mãe era ver a filha como uma competidora. A filha, então, deixando o amor dos homens para a mãe, devolveria a paz para sua rival, resolvendo o Complexo de Édipo de uma forma inversa.
É também curioso que a escolha da jovem tenha enfurecido tanto ao pai. Ao ser punida por sua atitude pelo pai, a jovem viu que o estava ferindo com esta atitude, sendo essa uma vingança contra a rejeição que sofrera por parte do pai.
“No relato da jovem, de seus motivos conscientes, o pai não figurou em absoluto; sequer foi mencionado o temor de sua ira. Nos motivos desnudados pela análise, por outro lado, ele desempenhava o papel principal. Sua relação com o pai teve a mesma importância decisiva para o curso e o resultado do tratamento analítico, ou antes, exploração analítica. Por trás de sua pretensa consideração pelos genitores, por amor dos quais dispusera-se a efetuar as tentativas de transformação, jazia escondida sua atitude de desafio e vingança contra o pai, atitude que a fizera aferrar-se ao homossexualismo. Protegida sob essa cobertura, a resistência liberou à investigação analítica uma considerável região. A análise prosseguiu quase sem sinais de resistência, a paciente participando ativamente com o seu intelecto, embora emocionalmente bastante tranqüila”, Freud (1927).
Além disso, Freud coloca que o homossexualismo da jovem já estava marcado desde tenra idade. Essa direção da libido adulta está associada diretamente a uma fixação infantil na mãe. A jovem desenvolvera uma acentuada inveja do pênis do seu irmão e não aceitava que fossem considerados valores diferentes para lhe atribuir. Era como se fosse uma feminista, que julgava injusta a falta de liberdade feminina e rebelava-se contra a sorte das mulheres. Freud também diz que parecia absurda para a jovem a idéia de engravidar naquele tempo, com a idéia de que lhe prejudicaria a boa aparência. O autor coloca que o narcisismo em jogo e outras pistas indicariam que ela teria tendências exibicionistas e escopofílicas. Finalmente, Freud conclui a fixação materna como efeito da negligência e rivalidade dessa mãe, associada à angústia na comparação de seus órgãos genitais com os do irmão.
Parece claro que, como decorrência do texto sobre a homossexualidade feminina, Freud tenha desenvolvido, alguns anos depois o texto de 1927, “O fetichismo”. Neste artigo, Freud traz, pela primeira vez, a recusa como sendo a defesa utilizada contra a angústia da castração pelo perverso. Desta maneira, Freud fala de uma reação dupla (reconhecimento e repúdio) diante da castração da figura materna e da recusa a aceitar a distinção entre os sexos. Pode-se ver esta reação na jovem homossexual no momento da sua percepção acerca das diferenças sexuais entre ela e o irmão e posteriormente na luta contra a diferença sexual na sociedade. Porém a situação da jovem está para além da diferença sexual como unicamente genital, mas para o fato da mãe não se assumir castrada perante a filha, sendo o poder encarnado na casa, visto que o pai da moça cedia à lei materna. Para isso, pode-se dizer que a questão remete à castração materna também. O perverso consegue simbolizar a castração, mas a desmente. A frase conhecida a respeito desta defesa é a de que “sei que existe, mas não quero saber nada disso”. Recusando a castração do outro, o perverso então, nega a própria existência do outro como ser subjetivado pela castração. A recusa, entretanto, não anula a percepção da diferença sexual. É uma clivagem, uma ação enérgica para abandonar e conservar, ao mesmo tempo, uma crença a respeito dessa percepção.
Na Conferência XXI (1915-1917), Freud atenta para a difícil tarefa de desvendar a sexualidade humana. Nesse sentido, a condenação da perversão sexual denuncia uma incapacidade, por parte do neurótico, de ver a fantasia que ele reprimiu em ato. Freud coloca também que os atos sexuais dos pervertidos produzem também descargas genitais e orgasmo, embora as utilizações de objetos e de ênfase a algumas partes do corpo caracterizem o fetiche e a fixação em etapas infantis. E que os traços perversos quase sempre estão presentes na relação normal como as preliminares do sexo em neuróticos. E o que define a perversão é a exclusividade com que se efetuam os desvios sem finalidade reprodutiva.
Mario Fleig, em seu livro “O desejo perverso” (2008), coloca que a tese Lacaniana de que não existe uma proporção exata entre os sexos e que, assim, não pode haver complementaridade entre eles diz de uma falha no gozo que poderia ser absoluto. Pode-se pensar, então, que sempre há a necessidade de querer algo a mais, desejo de outra coisa. Esse desejo de outra coisa pode então vir na ordem de uma tentativa outra a respeito do sexual. Pois assim, vai-se em busca de algo que sempre se perde, o que já determina a formação pervertida do desejo, que sempre é desejo de outra coisa. É dessa doença que sofre todo o ser forjado na linguagem, da inadequação constante, em todos os níveis, e que nada pode aplacar.
Nesse sentido, penso que o amor homossexual pode se aproximar de um desejo perverso se pensarmos numa tentativa de um gozo outro que não é encontrado no ato sexual em si. Como o perverso recusa a falta, não admite que esse desejo de outra coisa fique à espera...Na dificuldade que a jovem homossexual atendida por Freud tinha de aceitar sua posição feminina no laço social, ela foi convocada por sua subjetividade a sentir um amor no qual ela aparece como superior ao homem ( ao pai...ao irmão mais velho...), como aquela que saberia fazer gozar a uma mulher, o que denunciaria a insuficiência do fálico. Esse amor homossexual da mulher dá um tom divino às mulheres. E também, na sociedade da época se aproximaria do que Freud fala no texto “O fetichismo”, que o objeto de fetiche é para o perverso um substituto do pênis materno, tendo como função também dizer de um gozo que só ele conhece, já que o objeto geralmente não é excitante para as outras pessoas. Por essa via, podemos entender o amor da jovem homossexual como perverso, também num sentido de dizer ao pai, e até à mãe, que ela conhece um tipo de gozo ao qual eles não terão acesso. Essa perversão não é de ordem moral, é da ordem do desafio à lei, do desafio ao imperativo fálico. É sobre o saber que o perverso supõe ter sobre o gozo que teria sido perdido com a castração – caso ela tivesse sido aceita. Esse gozo é substituído pela promessa de um gozo sem falhas, mas essas já são teorias posteriores a Freud, quando a perversão deixa de ter caráter unicamente sexual e passa a ser considerada mediante ao discurso sobre o gozo.
Referências
FLEIG. M. (2008). O Desejo Perverso. Porto Alegre. Editora: CMC, 2008.
FREUD, S. (1927a) O Fetichismo. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, vol. XXI. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
FREUD, S. (1917 [1916-1917]b) Conferências introdutórias sobre psicanálise, parte III, Teoria geral das neuroses: conferência XXI – O desenvolvimento da libido e as organizações sexuais. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, vol. XVI. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
FREUD, S. (1920a) Psicogênese de um caso de homossexualismo em uma mulher. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, vol. XVIII. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
Nome: Taíse Mallet Otero